Entrevista de INRI CRISTO à ECO – Escola de Comunicação da UFRJ

Perguntas de Natasha Mielle

Para o Inri:

1 – Você tem um estilo de vida diferente e muitos podem questionar sua afirmação sobre ser Jesus Cristo. O que você diria para aqueles que não acreditam e que pensam que você pode estar conscientemente manipulando?

INRI CRISTO: “Reconheço vosso direito de pensar e dizer o que quiserdes, desde que me respeiteis o direito e dever de esclarecer quem sou. Não escolhi ser Cristo, não posso vos obrigar a saber que sou, mas isto não altera minha realidade. Há dois mil anos também duvidaram, e por isso mesmo fui crucificado. Sustentar minha identidade é muito difícil, mormente considerando que a imagem de Cristo apregoada pelas religiões é de um Cristo folclórico, manso, compassivo, conivente com os crimes e desvarios cometidos em nome de DEUS. Em Belém do Pará, por ocasião do Ato Libertário que deu nascimento à SOUST no histórico 28/02/1982, fui examinado por uma junta psiquiátrica presidida pelo Dr. Nerival Barros e eles constataram minha sinceridade. Disseram não poder dar um diagnóstico sobre minha condição psíquica alegando que, na visão deles, atuo numa esfera de inacessível compreensão, que foge aos parâmetros convencionais. Também já fui examinado minuciosamente por um psicólogo, especialista em psicodiagnóstico, Henri Cosi. Ele pode melhor demonstrar que eu não manipulo ninguém. Além desse psicólogo, outros amigos psiquiatras que me visitam e me conhecem sabem da minha sinceridade. A maioria dos que não acreditam e pensam absurdos sobre mim são pessoas desinformadas, que jamais estiveram na minha presença, jamais tiveram um contato pessoal. Eu é que pergunto: vós considerais uma atitude normal, coerente, estabelecer um julgamento sobre quem quer que seja sem conhecimento de causa?”

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2 – O que você diria para aqueles que pensam que você pode ser louco?

INRI CRISTO: “Diria que não estão equivocados, pois sou louco sim, de amor pela humanidade! Se não fosse essa loucura de amor que tenho pela humanidade, não me exporia uma vez mais a tantos reveses, a tantas adversidades, a tantos contrários… viveria egoisticamente, sem me preocupar de onde vim e por que estou aqui, como vivem a maioria dos habitantes da Terra. Eu disse que voltaria e voltei; vim ao mundo unicamente para cumprir a vontade de meu PAI. Então, se eu não me expusesse como me exponho, estaria indo contra a vontade de meu CRIADOR, meu SENHOR e meu DEUS. Ele me reenviou aqui para cumprir uma promessa milenar, e no bojo desta promessa está previsto por mim mesmo que antes de ser reconhecido pela humanidade, eu seria reprovado por minha geração (“Mas primeiro é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração. Assim como foi nos tempos de Noé, assim será também quando vier o Filho do Homem…” – Lucas c.17 v.25 a 35). Gostem ou não, creiam ou não, a SOUST é a oficialização do Reino de DEUS sobre a Terra, e Brasília é a Nova Jerusalém do Apocalipse c.21, ninguém é obrigado a crer. Quanto à loucura, ela é a mãe das revoluções, dos filósofos, dos poetas, dos artistas, dos inventores, dos que sabem ou trilham o caminho da busca do saber. No transcorrer dos séculos, todos os inventores, visionários, descobridores, sem exceção, foram a princípio vistos como loucos pelos seus contemporâneos, a exemplo de Anaximandro, Galileu, Darwin… posto que suas ideias revolucionavam, questionavam os padrões da época em que viviam. Não diferente deles acontece em relação ao Filho do Homem que vos fala.”

3 – O que para você pode ser considerado como fanatismo (religioso, por um ídolo, por um time de futebol)? Você acredita que existe um limiar entre a crença e o fanatismo?

INRI CRISTO: “A crença cega gera fanatismo, esquizofrenia, enquanto a consciência, o saber gera poder. A consciência é o limiar que separa o fanatismo da crença. A partir do momento que tu tens consciência, que sabes quem sou, tu crês no que ensino porque sabes que sou sincero, que estou aqui só para cumprir a vontade de meu PAI, daí não é fanatismo. Meus discípulos não creem que sou Cristo, eles sabem quem sou, eles tem consciência de minha identidade, então creem no que ensino, pois o que ensino é o conhecimento transcendental emanado de meu PAI, é a realidade irreversível, irrefutável. Já o crente é aquele que acredita em dogmas (cadeados do raciocínio), fantasias, superstições que alguém conseguiu lhe inculcar, tornando-o fanático. Fanatismo é tu crer numa estátua de gesso, de barro, de ferro… feita pelas perecíveis mãos humanas, e dar a ela o louvor que só a DEUS pertence (“Eu sou o SENHOR, este é o meu nome. Não darei a outro a minha glória, nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence” – Isaías c.42 v.8). Fanatismo é quando tu crês em qualquer pessoa que tem uma vida egoística e te tornas escravo dessa pessoa, a exemplo dos donos de igreja, os donos dessas arapucas pentecostais, os “pedir-mais-cedo” da vida, os “ratos-roedores-safos” (RR Soares)… esses são fabricantes, geradores de fanáticos. Fanatismo é quando tu depositas tuas expectativas, tuas esperanças, a sublimação de teus anseios na vitória de um time de futebol, e então esqueces de confiar que nada acontece na Terra sem o consentimento de DEUS. Mas dentre todas as formas de fanatismo, o mais nefasto é o fanatismo religioso, que impõe a crença no “deus” que os homens fizeram e impede o ser humano de vislumbrar a magnitude do DEUS verdadeiro, o DEUS que fez os homens, Supremo CRIADOR, único ser incriado, único eterno, único ser digno de adoração e veneração, onipresente, onisciente, onipotente, único SENHOR do Universo.”

4 – Qual é o apoio que sua família terrena dá à sua missão? Eles concordam ou discordam dessa missão? E por quê?

INRI CRISTO: “O meu genitor, Wilhelm Theiss, quando estava no leito de morte no hospital Santa Izabel, em Blumenau – SC, repudiou a hóstia alegando que não ia comer o corpo de Cristo porque Cristo está de carne e osso na Terra. A mulher dele, Magdalena Theiss, acabou seguindo o exemplo. Esses dois que me conheceram quando criança, me criaram, me carregaram no colo… tiveram essa lisura de na última hora não aceitar comer o corpo de Cristo conscientes que Cristo sou eu e estou aqui de carne e osso. Na ocasião que moveram um processo por falsidade ideológica contra mim que se arrastou durante quinze anos na justiça federal, Wilhelm e Magdalena Theiss assinaram uma declaração reconhecendo que meu nome é INRI CRISTO, e as autoridades judiciárias tiveram que acatar esse documento, respaldando minha legitimidade.”

(Vide Declaração de Wilhelm e Magdalena Theiss no livro DESPERTADOR EXPLOSIVO volume 1).

Sede da SOUST em Brasília.

5 – Algum dos seus familiares terrenos é seu seguidor ou discípulo? Por quê?

INRI CRISTO: “A partir da resposta anterior, só tenho a dizer que, depois dos genitores, os meus parentes genuínos, verdadeiros, são os que fazem a vontade de meu PAI, SENHOR e DEUS; são os meus discípulos, ecléticos e eclesiásticos, príncipes de meu Reino de Luz, os únicos parentes que reconheço (minha filha mais antiga, Abeverê, hoje com 86 anos, está comigo há 32 anos; ela chegou a me hospedar aí no Rio de Janeiro, no condomínio Morada do Sol, quando a conheci nos anos 80). A SOUST é uma família mística. Meus parentes são os que estão comigo, que aderiram à causa divina e me acompanham; alguns não vivem dentro dos muros do Reino de DEUS, oficializado pela SOUST, todavia estão ligados como integrantes da confraria dos beneméritos. Considero minha família aqueles que sabem quem sou, que compartilham do mesmo pensamento, do mesmo ideal místico.”

6 – Qual foi o impacto causado na sua rotina espiritual e ligação com seus seguidores após participação no programa de humor Pânico na TV? Isso ajudou na sua popularidade, aumentando o número de fiéis, prejudicou de alguma forma, ou não mudou nada?

INRI CRISTO: “Minha participação nos programas de humor está atrelada a uma frase que eu disse há dois mil anos: “Muitos serão chamados e poucos os escolhidos” (Mateus c.20 v.16). Quando apareço na mídia, seja qual for o programa, humorístico ou não, estou chamando todos. Todavia, a escolha quem faz não sou eu, e sim meu PAI, SENHOR e DEUS. E como Ele escolhe? Revelando no interior, no foro íntimo de cada um a minha identidade. Então, por mais que as más línguas falem, minha participação nesses programas é altamente positiva e corroborada por um dinâmico, inteligente humorista, o Chico Anísio; antes de partir deste mundo, ele declarou numa entrevista que se alguma mensagem é difícil de passar pelos meios convencionais, pela veia do humor ela vai adiante. Os meus filhos sabem que vim ao mundo para me expor. Além de tudo, o humor faz bem pra saúde. As pessoas de bom humor estão de bem com a vida, enquanto as de mau humor sofrem de úlcera, angústia, depressão… porque estão com a alma enferma. Não estou preocupado em aumentar número de fiéis. Os meus sempre vem a mim, não importa por que meio, e é por estes que voltei; eles me ouvem, me compreendem e me reconhecem pela minha voz, pela minha autenticidade. Eu apenas quero que saibam que estou na terra e que digo que sou quem sou, conforme podem ver todos os sábados às 11h da manhã no programa www.inricristo.tv , onde exponho reiteradamente que retornei a este mundo só para cumprir a vontade de meu PAI.”

7 – Como você lida com a exposição midiática e o julgamento de terceiros sobre sua vida e escolhas?

INRI CRISTO: “Ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto. Eu vim ao mundo para me expor, para falar, para ser visto. Não escolhi ser Cristo; tenho consciência que minha vida toda foi conduzida pelas inefáveis mãos de meu PAI, da Divina Providência. Se vedes em mim alguma coisa ou ato aparentemente faltoso e injustificável, o erro não está em mim, e sim na maldosa ótica de vossa visão. Em mim não pode haver erro porque sou puro e vim sem livre-arbítrio a este mundo só para executar a vontade do Ser Supremo e perfeito que me reenviou. E quando ousais julgar-me, estareis sendo julgados por Ele, meu PAI, SENHOR e DEUS. Há dois mil anos eu já disse: “Não julgueis, para não serdes julgados, porque da mesma forma com que julgardes, também vós sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos” (Mateus c.7 v.1). O tempo passa, mas o peso de minhas palavras não desvanece jamais.”

Para uma discípula:

1 – O que a levou a crer que Inri é o Messias?

Discípula Adeí Schmidt: “Como Inri já disse anteriormente, não é mera questão de crer, e sim ter a revelação no foro íntimo, adquirir o saber, a consciência de que Inri é o emissário do eterno PAI. Existe algo na essência do Inri que faz despertar em nós a conexão com DEUS, facultando-nos vislumbrar a realidade divina que está muito além das instituições humanas, dos templos, das religiões, das crendices equivocadas e alienantes. Inri nos ensina que, sendo DEUS onipresente, ele está permanentemente vivo em cada célula de nosso corpo, em cada partícula de nosso sangue. Logo, se não podemos nos desligar dEle nem mesmo ao cometer um delito, religião (oriundo do latim religaire), quando não um equívoco, é um embuste. Não carecemos de ninguém para nos religar a DEUS uma vez que estamos peremptoriamente ligados a Ele. A meu ver, essa é a principal missão de Cristo na Terra, dar-nos a consciência de que todos nós somos indissociáveis do Eterno SENHOR da Vida e, dessa forma, descobrir o benefício, o prazer indescritível de viver em simbiose, em sintonia plena com DEUS.”

2 – Como foi fazer essa escolha de vida? Você precisou abdicar de sua vida mundana? Se precisou, do que exatamente abriu mão?

Discípula Adeí Schmidt: “Assumir a condição de discípulo ou discípula de INRI CRISTO é uma questão de vocação mística e, sobretudo, predestinação. E não é apenas uma escolha, é uma entrega alicerçada pelo amor incondicional. Desde muito jovem me identifiquei com os princípios de vida da SOUST e senti que havia nascido pra isso, pra me dedicar de corpo e alma à causa mística de Inri. A partir do momento que adquiri essa consciência, que descobri o rumo da minha vida, o que vocês chamam de “vida mundana” já não me interessava mais. Eu podia sim ter seguido uma carreira brilhante uma vez que sempre me dei bem com estudos, era uma aluna aplicada; a rigor era isso que amigos, parentes e a própria sociedade esperavam de mim. Mas diante de tudo que aprendi e descobri através de INRI CRISTO, tal objetivo já não fazia mais sentido, o estudo acadêmico adquiriu uma relevância secundária. Logo, não precisei abdicar a vida mundana, uma vez que o foco da minha busca e realização pessoal estava na espiritualidade, em compreender o mundo, a história, identificar as raízes dos problemas existenciais sob o ponto de vista metafísico. Abdicar ou renunciar ao mundo te deixa fraco, ao passo que a atitude consciente te dá estrutura pra enfrentar qualquer adversidade e perseverar firme seja qual for o caminho que tiver escolhido. É por isso que conheço INRI CRISTO há 21 anos, 15 dos quais estou na condição de integrante eclesiástica da SOUST, e assim haverei de permanecer enquanto for a vontade de DEUS.”

Discípulas Abeverê (à esquerda) e Adeí (à direita)

3 – Houve apoio da sua família para essa escolha ou houve resistência? E por quê?

Discípula Adeí Schmidt: “A princípio, naturalmente, houve uma pequena resistência, mas depois prevaleceu o bom senso e o respeito à minha vocação e opção de vida. Tive a boa ventura de meus parentes biológicos, embora de forma diferente, também estarem ligados ao Inri e fazerem parte dessa sublime família mística que é a SOUST.”

4 – O que para você pode ser considerado como fanatismo (religioso, por um ídolo, por um time de futebol)? Você acredita que existe um limiar entre a crença e o fanatismo?

Discípula Adeí Schmidt: “Fanatismo e idolatria são sinônimos. Vejo o fanatismo como uma escravidão ideológica, uma muleta em que a pessoa se ancora enquanto é incapaz de usufruir a liberdade consciencial. Libertar-se de correntes e algemas físicas é relativamente fácil; difícil é você libertar a tua mente, a tua consciência, das correntes e algemas sutis, invisíveis, todavia extremamente mais danosas uma vez que amputam do ser humano a capacidade de raciocinar. Fanatismo é você dar importância a algo que não tem real importância. É você depositar tuas energias superiores em algo ou alguém que apenas te suga e não te devolve. Por exemplo: quando a pessoa é fanática por um jogador de futebol, fanática por um artista, fanática por um líder religioso… naquele momento ela esquece que aqueles “ídolos” são seres humanos tanto quanto ela, portadores de coração, estômago, intestino, rins… e quando a pessoa direciona suas energias superiores aos ídolos, ela se torna fraca, vulnerável, desprovida das bênçãos divinas. Senão, de onde vem todo aquele brilho ilusório, aquela hipnose coletiva, aquele estado de euforia que gera uma satisfação superficial e efêmera nos fanáticos? Resulta das energias que eles mesmos emitem em direção aos seus ídolos e estão buscando de volta. Portanto, pra se livrar do fanatismo, é necessário estar apto a compreender que tudo na terra é passageiro; só DEUS é eterno e só a intimidade com DEUS propicia a verdadeira plenitude, pois só em DEUS existe reciprocidade. Tudo isso pude compreender nesses longos anos que estou com INRI CRISTO. Aliás, o próprio Inri abomina quando as pessoas têm uma atitude fanática em relação a ele. Inri aprecia dialogar com pessoas que raciocinam honestamente e tem a humildade em reconhecer quando foram enganadas na fé, pois só assim elas abrem as portas ao conhecimento dos mistérios de DEUS. Eis o caminho da liberdade consciencial.”

5 – O que você diria para aqueles que podem acabar julgando a sua fé e escolha?

Discípula Adeí Schmidt: “As pessoas julgam, criticam, debocham… enquanto “estão” ignorantes das reais motivações de INRI CRISTO e das pessoas que o acompanham. Pois quando passam da ignorância à investigação sincera e daí ao conhecimento de causa, o julgamento é substituído pelo respeito e admiração. Então, o que tenho a dizer a essas pessoas é que, antes de julgar, escutem, prestem atenção ao que Inri diz, reflitam, avaliem criteriosamente tudo o que já aprenderam sobre DEUS, sobre Cristo; desçam do pedestal da arrogância, do fanatismo, do orgulho em se achar os “donos da verdade”, e vejam onde está a coerência, a lógica, a lucidez, que são indissociáveis da verdade. Meditem!”

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